"No mundo, tereis tribulações. Mas tende coragem! Eu venci o mundo!" (Jo 16,33) O medo é o opressor mais sutil e mais cruel! Por medo somos capazes das mais terríveis barbáries... O medo de perder a fama, o afeto ou a admiração de alguém, o medo de perder o poder, a saúde, a amizade, a família; medo de perder o controle, de de ser mal compreendido, de não conseguir... de desistir... de insistir... de perder...; medo da solidão, da ausência ou da excessiva presença; medo de sonhar, de ver a vida passar rapidamente sem poder parar; medo do que vai acontecer no final, medo de sermos nós mesmos, medo de não sermos nós mesmos, medo de morrer e até medo de amar, de sofrer, de sentir, de viver! Tantos outros medos, sutis, dissimulados, escondidos, habitam nosso coração e nos fazem agir como prisioneiros sob ordens contra as quais somos impotentes. As Palavras de Jesus são libertadoras. A libertação operada pelo Evangelho não é de alguém, ou de um poder político, ou de um poder externo, Jesus nos deu a vida para arrancar-nos do poder de nossa impotência. É a nossa fragilidade a mãe de nossos medos! O Senhor se tornou a nossa força e nos ensinou, com sua cruz que às vezes, ser frágil, esvaziar-se de si mesmo significa ser forte e encher-se de Deus. Tende Coragem!, diz o evangelho de hoje! É o convite de Cristo à plena liberdade! É esta liberdade interior que produz todas as outras! Que o Senhor nos dê a força do seu amor, a alegria de sua fidelidade, a coragem de sua bondade para que possamos ser livres, para que o nosso coração proclame independência de nós mesmo e possamos ser testemunhas e operários da Liberdade que Salva!
Pe. Edson Bantim
Roma-It
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